Objetivos: Verificar o impacto prognóstico da monitorização da pressão intracraniana (PIC) em
pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE) grave.
Métodos: Realizou-se um estudo observacional, retrospectivo e de natureza quantitativa. A
amostra foi composta por 246 pacientes com diagnóstico de TCE grave no período de
janeiro de 2009 a agosto de 2017.
Resultados: da amostra, 43,56% dos pacientes foram submetidos à monitorização da PIC. O tempo
médio de uso do cateter foi de 1,7 dias. Em ambos os grupos, o sexo masculino foi
o mais acometido e a maior parte dos pacientes tinha idade inferior a 50 anos. O acidente
automobilístico foi a principal etiologia do TCE. Na avaliação clínica inicial, pupilas
midriáticas relacionaram-se ao óbito e pupilas isofotorreagentes à alta hospitalar.
O grupo monitorizado realizou maior quantidade de exames tomográficos de crânio com
uma média de 2,6 exames, sendo o edema cerebral o achado mais comum. Quanto ao prognóstico,
os pacientes que utilizaram cateter para monitorização da PIC tiveram uma redução
de chance de ir a óbito de 47% quando comparado aos que não utilizaram o cateter.
O tempo de permanência hospitalar e na unidade de terapia intensiva foi maior para
aqueles que receberam monitorização da PIC, sendo que períodos superiores a 30 dias
se relacionaram com meningite, principalmente, naqueles que utilizaram o cateter.
Conclusão: Pacientes que utilizaram cateter para monitorização da PIC tiveram melhora significativa
da sobrevida.