CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673053
E-Poster – Trauma
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Avaliação neurofisiológica com emt antes e após cranioplastia em lesão cerebral traumática

Gustavo Sousa Noleto
1   Faculdade de Medicina da USP
2   HC-FMUSP
,
Cintya Hayashi
1   Faculdade de Medicina da USP
2   HC-FMUSP
,
Davi Fontoura Solla
1   Faculdade de Medicina da USP
2   HC-FMUSP
,
Almir Ferreira de Andrade
1   Faculdade de Medicina da USP
2   HC-FMUSP
,
Jefferson Rosi-Jr
1   Faculdade de Medicina da USP
2   HC-FMUSP
,
Wellingson Silva Paiva
1   Faculdade de Medicina da USP
2   HC-FMUSP
,
Manoel Jacobsen Teixeira
1   Faculdade de Medicina da USP
2   HC-FMUSP
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Weitere Informationen

Publikationsverlauf

Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)

 
 

    Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) grave com hipertensão intracraniana refratária podem exigir craniectomia descompressiva para alívio da pressão intracraniana. Entretanto grandes defeitos cranianos podem provocar agravamento da função neural e síndrome do trefinado. Alguns estudos mostraram os benefícios da cranioplastia além dos cosméticos, incluindo a função neurológica e a hemodinâmica do cérebro. No entanto, não há informações sobre redes corticais. Não entendemos porque alguns pacientes apresentam melhora das funções neurológicas após a cranioplastia.

    Objetivos: Nosso objetivo é avaliar os aspectos neurofisiológicos da excitabilidade cortical em pacientes com TCE antes e após cranioplastia através de Estimulação Magnética Transcraniana (EMT).

    Métodos: 26 pacientes (vítimas de TCE grave tratados com craniectomia descompressiva unilateral) foram avaliados por meio da EMT antes e 3 meses após a cranioplastia. Os valores de Inibição Cortical de Intervalo Curto (IIIC foram medidos. Os resultados pré e pós-operatórios foram comparados por meio do teste das posições sinalizadas de Wilcoxon. Os pacientes foram caracterizados epidemiologicamente. Os resultados obtidos também foram comparados com voluntários saudáveis do grupo controle.

    Resultados: A idade média dos pacientes foi 41, 04 ± 15,2 anos. A proporção entre homens e mulheres foi de 65%/35%. Defeito ósseo craniano foi do lado direito em 53,5% dos pacientes. O tempo mediano para a cirurgia foi de 16,5 meses; o escore mediano na Escala Modificada de Rankin foi 2. Encontramos uma IIIC mediana pré-operatória de 0,804. A mediana da IIIC pós-operatória foi de 0,784, mostrando uma tendência à redução da inibição intracortical após a reconstrução óssea, embora estatisticamente não significativa (p = 0,45).

    Conclusão: Este é o primeiro estudo que mostra diferenças na circuitaria cortical com a cranioplastia. Apesar dos valores anormais observados após o procedimento, os valores do IIIC aproximaram-se da normalidade na avaliação pós-operatória. Nossos dados sugerem que a cranioplastia pode melhorar a recuperação neurofisiológica de forma semelhante àquela observada nos aspectos hemodinâmicos. Eles nos fornecem informações importantes para entender a fisiopatologia e pode nos ajudar a definir quais pacientes poderão ter melhora clínica após a cranioplastia.


    #

    Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.