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DOI: 10.1055/s-0038-1673179
Anastomose vascular extracraniana-intracraniana associada à melhora sintomática e de padrão de perfusão em SPECT
Publikationsverlauf
Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)
Introdução: Relato de caso JSF, masculino, 74 anos, com história de episódios recorrentes de acidente isquêmico transitório (AIT) e um acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) no ano de 2015. Propedêutica prévia evidenciava estenose carotídea esquerda de 50% e realizava tratamento conservador com anti-agregação plaquetária. Previamente independente para as atividades de vida diárias básicas e instrumentais. Apresentou afasia grave e hemiparesia a direita súbitas em Outubro de 2017. O paciente foi transferido para nosso serviço, onde nova propedêutica evidenciou oclusão de carótida interna esquerda. Foi realizada tomografia computorizada por emissão de fóton único (SPECT), evidenciando hipoperfusão do hemisfério esquerdo em relação ao direito. Optado por realização de anastomose vascular extra-intracraniana, entre artéria temporal superficial esquerda e ramo M4 frontal de artéria cerebral média ipsilateral. Procedimento realizado sem intercorrências, com intervalo de 20 dias do ictus isquêmico. Durante o pós-operatório, o paciente apresentou melhora da força motora e melhora parcial da afasia. O SPECT realizado posteriormente evidenciou melhora significativa do padrão de perfusão cerebral.
Discussão: A anastomose vascular extra-intracraniana (EC-IC) tem sido utilizada para o tratamento de diversas condições neurocirúrgicas, tais como: aneurismas complexos que necessitam de trapping; doença de moyamoya; tumores da base do crânio e oclusão sintomática da carótida. Esta última tem sido tema de diversos estudos, sendo o mais recente o COSS – Carotid Occlusion Surgery Study – cujos resultados foram, em sua maioria, desencorajadores. A SPECT tem sido defendida como uma opção para avaliação do fluxo sanguíneo regional cerebral, onde evidente assimetria é indicativa de hipofluxo cerebral.
Comentários Finais: Indicações para anastomose EC-IC são limitadas e estudos como o COSS falharam em mostrar benefício na prevenção de novos eventos isquêmicos. No entanto, nosso caso evidenciou melhora dos déficits do paciente após o procedimento cirúrgico. Novos estudos devem ser conduzidos para avaliar o benefício e indicação de tal procedimento.
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Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.