Palavras-chave retalho perfurante - retalhos cirúrgicos - sitio doador de transplante
Introdução
O tratamento de lesões cutâneas dos membros inferiores é assunto de interesse não só pela elevada frequência com que se apresentam, mas principalmente pela dificuldade que impõe aos ortopedistas e cirurgiões plásticos.[1 ]
[2 ]
[3 ] Especialmente complexas são as feridas que se localizam entre o terço distal da perna e o retropé,[2 ]
[4 ] devido ao pequeno número de retalhos locais passíveis de serem utilizados para a cobertura desta região.[5 ] Além disso, frequentemente, tais feridas são consequência de traumas de alta energia (notadamente acidentes motociclísticos) que acarretam lesões extensas de natureza grave.[6 ]
[7 ] Classicamente, o retalho sural reverso é opção de tratamento, sendo que recentemente, com o desenvolvimento dos retalhos baseados no conceito de perfurantes cutâneas, o retalho em hélice ou propeller passou a ser uma ferramenta adicional no arsenal terapêutico para a cobertura de defeitos ao redor do tornozelo.[8 ]
[9 ]
[10 ]
[11 ]
[12 ]
Até o momento, não há estudos prospectivos comparando o retalho sural com o propeller no que se refere à taxa de sobrevida dos retalhos, à qualidade da cobertura e/ou à morbidade da área doadora, fato este que motivou a realização do presente estudo.
O objetivo do presente estudo foi comparar os retalhos sural e propeller, avaliando objetivamente, de modo prospectivo:
A incidência de perda total do retalho
A incidência de perda parcial do retalho
A morbidade da área doadora: fechamento primário versus enxerto de pele.
Casuística e Métodos
O projeto de pesquisa foi registrado sob o número 1.551.439 na plataforma Brasil. Os autores analisaram de maneira prospectiva e randomizada os dados coletados de pacientes que apresentavam defeitos de tecidos moles da perna ou do pé tratados pelo Grupo de Mão e Microcirurgia Reconstrutiva do Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IOT HC/FMUSP) entre 2011 e 2017. O critério de inclusão foi a realização de retalho fasciocutâneo (sural ou propeller) para cobertura da metade distal da perna e/ou do retropé, independentemente da idade. Pacientes com perdas cutâneas em outras regiões foram excluídos, assim como aqueles em quem não haveria a opção de cobertura cutânea com um dos dois tipos de retalhos estudados.
O defeito secundário, originado pela mobilização do retalho sural ou propeller, foi fechado primariamente ou através de enxertia de pele ([Figura 1 ]).
Fig. 1 (A e B ) Defeito sobre o maléolo lateral. (B ) Marcação do retalho sural. (C e D ) Retalho dissecado, resultado pós-operatório. Fechamento primário da área doadora, com pequeno enxerto de pele parcial sobre o pedículo do retalho. (E e G ) Pós-operatório (2 semanas).
Foi incluído no presente estudo um total de 24 pacientes, 22 homens e 2 mulheres, com idade média de 37,7 anos (4 a 60 anos). As características dos pacientes e a etiologia das lesões estão resumidas na [Tabela 1 ].
Tabela 1
N°
Idade
Gênero
Localização
Comorbidades
Etiologia
Retalho
Artéria de origem
Dimensões
1
28
M
Maléolo lateral
Nega
Fratura exposta
Propeller
AF
13 × 6 cm
2
42
M
Maléolo medial
Nega
Trauma
Sural
mAS
11 × 4 cm
3
31
M
Região A|P do tornozelo
Nega
Acidente com serra elétrica
Propeller
PTA
22 × 7 cm
4
58
F
Região calcanhar e dorso do pé
AR
Fratura exposta
Sural
mAS
10 × 5 cm
5
57
M
Região A|P do tornozelo
Nega
Deiscência pós-operatória
Propeller
AF
12 × 6 cm
6
4
M
Maléolo medial
Nega
Atropelamento
Propeller
PTA
18 × 7 cm
7
26
M
Região A|P do tornozelo
Nega
Fratura exposta
Sural
mAS
19 × 6 cm
8
25
M
Maléolo medial
Nega
Acidente com motocicleta
Sural
mAS
14 × 8 cm
9
49
M
Maléolo lateral
Aneurisma de Ao abdominal
Fratura-luxação tornozelo
Sural
mAS
10 × 6 cm
10
23
M
Maléolo lateral
Nega
Fratura exposta
Sural
mAS
10 × 8 cm
11
36
F
Maléolo lateral
Anemia Falciforme
Fratura exposta bimaleolar
Propeller
AF
15 × 5 cm
12
43
M
Região A|P do tornozelo
Nega
Sequela de fratura exposta
Propeller
PTA
15 × 8 cm
13
59
M
Maléolo lateral
Nega
Trauma
Sural
mAS
15 × 8 cm
14
42
M
Maléolo medial
Tabagista
Atropelamento
Propeller
PTA
19 × 6 cm
15
47
M
Região calcanhar e dorso do pé
Linfoma no Hodking
Fratura exposta calcâneo
Sural
mAS
9 × 6 cm
16
18
M
Maléolo lateral
Nega
Deiscência pós-operatória
Sural
mAS
10 × 7 cm
17
17
M
Maléolo lateral
Nega
Trauma
Sural
mAS
10 × 6 cm
18
59
M
Maléolo medial
Nega
Fratura pilão tibial
Propeller
PTA
20 × 6 cm
19
28
M
Maléolo medial
Nega
Fratura exposta
Propeller
PTA
18 × 5 cm
20
36
M
Região calcanhar e dorso do pé
Nega
Trauma
Propeller
PTA
20 × 4 cm
21
60
M
Região A|P do tornozelo
Nega
Ferida por arma de fogo
Propeller
PTA
14 × 4 cm
22
33
M
Maléolo lateral
Nega
Sequela de fratura de pilão tibial
Sural
mAS
10 × 6 cm
23
43
M
Região calcanhar e dorso do pé
Nega
Fratura calcâneo
Sural
mAS
10 × 5 cm
24
41
M
Região A|P do tornozelo
Tabagista
OMC
Sural
mAS
9.5 × 6.5 cm
Todos os procedimentos foram realizados em uma única instituição pública, sendo os pacientes oriundos do ambulatório ou do pronto-socorro. Em todos os casos, a coleta de dados se realizou através do protocolo preenchido pelos autores do estudo (Anexo 1, disponível apenas on-line).
Os pacientes foram divididos em dois grupos conforme o retalho selecionado para a cobertura cutânea: Grupo Sural e Grupo Propeller ([Tabela 2 ]). Os pacientes foram randomizados através de sorteio quando a cobertura cutânea do membro acometido era indicada. Desta maneira, 13 pacientes foram incluídos no Grupo Sural e 11 pacientes foram incluídos no Grupo Propeller, sendo 3 deles baseados em perfurantes da artéria fibular (n = 3) e 8 baseados em perfurantes da artéria tibial posterior (n = 8).
Tabela 2
Grupo Sural
Grupo Propeller
Pacientes (n° de casos)
Homens
12
10
Mulheres
1
1
Idade (anos)
Média estatística ± DP
38.30 ± 5.63
35.25 ± 3.89
Máximo
60
59
Mínimo
04
17
Doença primaria (n° de casos)
Lesão pós-traumática
11
9
Complicação pôs-cirúrgica: deiscência
0
1
Úlcera crônica
1
1
Infecção crônica
1
0
Localização para a reconstrução (n° de casos)
Maleolar
8
7
Tornozelo
2
4
Calcanhar e dorso do pé
3
1
O retalho sural foi delineado na região posterior-proximal da perna com seu ponto pivot demarcado 5 cm proximalmente à extremidade do maléolo lateral. A circulação sanguínea do retalho se deu por ramos venocutâneos e neurocutâneos oriundos dos vasos que acompanham o nervo sural e a veia safena parva, cuja irrigação arterial, por sua vez, se conecta ao sistema da artéria fibular. Sua dissecção foi realizada conforme a descrição clássica de Masquelet et al.[13 ] ([Figura 2 ]).
Fig. 2 (A ) Paciente do sexo masculino, 31 anos, com defeito de partes moles sobre o maléolo medial (8 × 5 cm). Marcação do retalho propeller medial [PM]. (B ) Retalho dissecado (perfurantes da artéria tibial posterior). (C ) Escolha de uma artéria perfurante como eixo principal do retalho. (D ) Retalho dissecado.
O retalho propeller foi de dois tipos, dependendo da localização do defeito cutâneo:
Elevado no aspecto medial da perna, baseado em perfurantes da artéria tibial posterior;
Elevado no aspecto lateral da perna, baseado em perfurantes da artéria fibular.
A utilização de ultrassonografia com doppler para localização das perfurantes foi opcional e realizada em 45% dos pacientes (n = 5) do Grupo Propeller ([Figura 3 ]).
Fig. 3 (A-E ) Sequência de rotação do retalho propeller medial [PM], de aproximadamente 180° no sentido anti-horário, para cobertura do defeito. (F ) Aspecto final, com fechamento primário da área doadora.
Nos dois grupos, as seguintes variáveis foram registradas: idade, etiologia, tamanho e localização do defeito, taxa de sobrevida do retalho, complicações pós-operatórias e cirurgias de revisão secundária. A análise estatística foi realizada através do IBM SPSS Statistics for Windows versão 25 (IBM Corp., Armonk, NY, EUA). O estado vascular do membro inferior envolvido foi avaliado clinicamente pelo estado da perfusão, pelo tempo de enchimento capilar e pela palpação dos pulsos.
Análise Estatística
Todos os dados foram apresentados como média mais desvio padrão (DP), procurando resumir as características dos pacientes e dos dois grupos de retalhos. As dimensões dos retalhos foram comparadas entre os dois grupos usando o teste t de Student. O fechamento da área doadora e as complicações foram analisadas pelo teste de qui-quadrado. O software GraphPad Prism (GraphPad Software, San Diego, CA, EUA) foi usado para a análise estatística, e valores-p < 0.05 foram considerados como estatisticamente significativos ([Tabela 3 ]).
Tabela 3
Grupo Sural
Grupo Propeller
Dimensões do retalho (média ± DP; faixa)
teste-t
Comprimento (cm)
11.35 ± 2.8; 19.0–9.0
16.91 ± 3.2;20.0–12.0
p = 0.0002
Largura (cm)
6.2 ± 1.2; 8.0–4.0
5.8 ± 1.2;8.0–4.0
p = 0.38
Área (cm2 )
71.98 ± 26.3; 120–44
98.64 ± 29.8; 154 - 56
p = 0.02
Fechamento da área doadora (n° de casos [%])
Teste de qui-quadrado
Primário
10 (41.67%)
6 (25.0%)
p = 0.17
Enxerto
3 (12.50%)
5 (20.8%)
p = 0.34
Complicações pós-cirúrgicas (n° de casos [%])
Infecção
1 (4.10%)
2 (8.30%)
p = 0.57
Necrose parcial
2 (8.30%)
3 (12.50%)
p = 0.62
Necrose total
2 (8.30%)
0 (0%)
p = 0.24
Cirurgia adicional (No. de casos)
Enxerto
1
2
Retalho novo
3
1
Reposicionamento
0
1
Resultados
No Grupo Sural, a dimensão média do retalho foi de 14 × 6 cm, a taxa de perda parcial foi de 15% (2/13) e taxa de perda total foi de 15% (2/13). Houve necessidade de cirurgia adicional para desbridamento em quatro pacientes e de cobertura cutânea adicional com enxerto de pele em um paciente ou com novo retalho em três pacientes. A área doadora foi fechada primariamente em 10 pacientes, sendo que em 3 pacientes foi necessária enxertia de pele.
No Grupo Propeller, a dimensão média do retalho foi de 18 × 6 cm, a taxa de perda parcial foi de 27% (3/11), e a taxa de perda total foi de 0%. Houve necessidade de cirurgia adicional para desbridamento em quatro pacientes e de cobertura cutânea adicional com enxerto de pele em dois pacientes ou com novo retalho em um paciente (perda parcial do propeller). A área doadora foi fechada primariamente em seis pacientes, sendo que em cinco pacientes foi necessária enxertia de pele ([Figura 4 ]).
Fig. 4 (A ) Defeito de tecidos moles sobre o maléolo lateral (7 × 4 cm). (B ) Marcação do retalho propeller lateral [PL]. (C ) Retalho baseado em perfurantes da artéria fibular. (D ) Ligadura de artéria perfurante secundária. (E ) Rotação do retalho propeller lateral [PL] de aproximadamente 180° no sentido horário. (F ) Aspecto final, fechamento primário da área doadora.
Considerando o grupo total de pacientes (Grupos Sural e Propeller), não foram encontradas diferenças significativas nas incidências de perda parcial e total dos retalhos e a cobertura cutânea completa foi obtida em 22 dos 24 pacientes (91.6%). Dois retalhos (Grupo Sural) apresentaram falha evoluindo para perda total (15%; 2/13 Grupo Sural).
Em 22 pacientes cujos retalhos evoluíram favoravelmente, 16 não apresentaram nenhum tipo de complicação (66%). Três desenvolveram infecção (12.5%), 2 com necrose da borda distal com perda parcial do retalho (8.3%) e 1 paciente (4.1%; Grupo Propeller) apresentou comprometimento da perfusão do retalho após sua mobilização para a área receptora, sendo necessário o reposicionamento deste ao leito de origem para autonomização e mobilização final após 1 semana, logrando finalmente êxito na cobertura da lesão ([Tabela 4 ]).
Tabela 4
Intercorrências
Total
Nenhuma
Infecção
Perda parcial
Reposicionamento
Perda total
Retalho
Sural
9
1
1
0
2
13
Propeller
7
2
1
1
0
11
Total
16
3
2
1
2
24
Três pacientes (2 Propeller, 1 Sural) necessitaram ainda de reposicionamento e de coberturas com enxerto de pele em áreas cruentas residuais em associação aos retalhos.
A análise comparativa dos retalhos sural e propeller não demonstrou diferença quanto à morbilidade da área doadora. O fechamento primário da área doadora foi realizado em 67% dos pacientes (16/24) (p = 0.17), sendo necessário enxerto de pele parcial em 33% (8/24) (p = 0.34) ([Tabela 5 ]). Foi possível fechamento primário em 76% dos pacientes do Grupo Sural; já no Grupo Propeller, o fechamento foi possível em 55% dos pacientes.
Tabela 5
Fechamento da área doadora
Total
Primário
Enxerto
Retalho
Sural
10
3
13
Propeller
6
5
11
Total
16
8
24
Discussão
O objetivo da cirurgia reconstrutiva do membro inferior é a obtenção de membros funcional e esteticamente adequados. A complexidade da reconstrução depende, dentre outros fatores, da energia e do mecanismo de trauma, da irrigação do membro e das comorbidades de cada paciente.[14 ]
[15 ] As opções são: retalhos regionais únicos (perfurantes ou neurocutâneos, por exemplo), múltiplos retalhos combinados e retalhos microcirúrgicos.[16 ]
Os retalhos regionais têm como benefícios a menor complexidade em sua elevação (prescindindo de técnica microcirúrgica), utilização de tecidos do próprio membro lesado, menor tempo cirúrgico e preservação dos eixos vasculares dos membros inferiores. Retalhos regionais fasciocutâneos oferecem uma forma segura e versátil para coberturas no segmento distal da perna e no retropé.[15 ]
[16 ]
O retalho sural reverso, identificado pela primeira vez por Taylor et al.[17 ] em 1975, é o retalho regional de padrão axial mais utilizado para a região distal da perna e o retropé.[18 ] Ele foi popularizado por Masquelet et al.[13 ] em 1992, que confirmaram o suprimento arterial retrógrado, a sua relação com o nervo sural e sua drenagem venosa.
A introdução dos retalhos em hélice ou tipo propeller expandiu as opções para a cobertura cutânea dos membros inferiores. Descrito pela primeira vez por Hyakusoku et al.,[19 ] o retalho propeller pode ser desenhado em qualquer local onde exista uma perfurante presente. Além disso, a morbidade do local doador pode ser mínima, sendo geralmente possível o fechamento primário.[19 ] A técnica operatória tem sido gradualmente aperfeiçoada nos últimos anos, de modo que, atualmente, os retalhos do tipo propeller são considerados seguros e eficazes.[3 ]
A região posterior da perna é suprida pelo angiossoma sural, baseado nas artérias surais musculocutâneas: artérias surais superficiais média, mediana e lateral, suprindo a pele e a fáscia desta região. A artéria superficial mediana é a maior, cursando proximalmente desde a fossa poplítea e seguindo entre as duas cabeças dos músculos gastrocnêmios (rafe). Proximalmente, seu trajeto é subfascial (mais profundo) e, distalmente, se torna subdérmico ao nível da união musculotendinosa do músculo gastrocnêmio lateral. No tornozelo, esta arteríola é acompanhada pelo nervo sural e encontra-se medial à veia safena parva ao nível do maléolo lateral. Ela mantém numerosas anastomoses com a artéria fibular ao longo do seu curso, vasos que serão ligados e divididos durante a dissecção para a mobilização do retalho sural reverso. Distalmente, a uma distância de entre 5 e 6 cm proximais da ponta do maléolo lateral, está localizado o ponto pivot potencialmente mais distal do pedículo, que permite uma maior amplitude de rotação do retalho.[20 ]
Atualmente, existem poucos estudos comparando o retalho sural versus o propeller. Demiri et al.[15 ] publicaram um estudo comparativo retrospectivo sobre os retalhos neurocutâneos reversos versus perfurantes do tipo hélice (propeller) para a reconstrução do pé diabético, obtendo altas taxas de sucesso (entre 95 e 97%) com ambos os retalhos. Os resultados do presente estudo evidenciam, igualmente, altas taxas de sucesso no que se refere à cobertura cutânea, com baixas taxas de complicações (perda parcial ou total). O retalho sural, sendo mais utilizado, segue representando uma alternativa segura e versátil para defeitos cutâneos do terço distal da perna e do tendão calcâneo. Os retalhos propeller baseados em perfurantes da artéria fibular ou tibial posterior também foram opções viáveis para a cobertura cutânea desta região. Quando não foi possível um fechamento primário na área doadora, o enxerto de pele parcial foi utilizado na presente série com resultados funcionais e estéticos adequados.
Mesmo com o pequeno número de pacientes estudados, acreditamos que a análise prospectiva e randomizada das técnicas contribui para a tomada de decisão dos cirurgiões reconstrutivos.
Conclusão
Os retalhos sural e propeller mostraram-se opções viáveis para o tratamento de lesões de partes moles do terço inferior da perna e do retropé. A comparação prospectiva e randomizada entre as técnicas evidenciou baixas taxas de perda parcial ou total dos retalhos, assim como de complicações.
Anexo 1 Protocolo:
Sural versus Propeller