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DOI: 10.1055/s-0045-1801846
Coxoplastia médio-posterior em S: uma nova técnica com melhor ocultação da cicatriz
Artikel in mehreren Sprachen: português | EnglishEnsaios Clínicos Não. | Clinical Trials None.
Resumo
O objetivo dos autores é apresentar uma nova técnica de coxoplastia que resolva o desconforto e estigma associados a cicatrizes na virilha ou outras regiões anteriores do corpo após coxoplastias convencionais.
O estudo apresenta um relato de caso de uma técnica de coxoplastia realizada em pacientes pós-bariátricas submetidas a intenso emagrecimento, por meio de ressecção de pele em S realizada na região póstero-medial da coxa, sem cicatriz na parte anterior do corpo. As pacientes não apresentaram complicações pós-operatórias e apresentaram cicatrizes discretas. Além disso, a técnica consegue uma grande redução do excesso de pele, em múltiplos vetores, melhorando o contorno corporal.
A técnica envolve o posicionamento inédito da cicatriz em forma de S nos sulcos sub-glúteos e posteromediais das coxas, sem cicatriz anterior na virilha, melhorando significativamente o ocultamento da cicatriz. Permite também não ter angulações na linha de sutura, melhor distribuição das trações cutâneas, menor chance de deiscência da ferida, ao mesmo tempo em que permite a ressecção de grandes quantidades de excesso de pele nas direções longitudinal e transversal, com tração em múltiplos vetores.
A técnica de coxoplastia apresentada é um procedimento inovador, inédito, que permite um melhor ocultamento da cicatriz e provável menor incidência de complicações devido à melhor distribuição da tensão cicatricial.
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Palavras-chave
tecido adiposo - cirurgia bariátrica - coxoplastia medial - cirurgia plástica - cirurgia pós-bariátrica - gordura subcutânea - retalhos cirúrgicos - coxa - coxoplastia - perda de pesoDescritores
medicina bariátrica - procedimentos de cirurgia plástica - redução de peso - gordura subcutânea - perna (membro)Introdução
Com o aumento da incidência global de obesidade, um grande número de pacientes é submetido à cirurgia bariátrica que leva ao excesso de pele e tecidos moles e diminuição do tônus da pele.[1] O excesso de gordura e o acúmulo de pele muitas vezes levam a desconforto social, lesões locais na pele devido ao atrito entre as coxas, dificuldades de locomoção e incômodos na vida sexual e autoestima dos pacientes.[1]
A coxoplastia foi descrita pela primeira vez por Lewis[2] em 1957 mas, em 1988, Lockwood et all[3] revolucionaram a coxoplastia ao ancorar o retalho de pele na fáscia de Colles,[4] [5] [6] o que permitiu uma maior estabilidade da cirurgia e resultou em menos complicações.[7] Le Louarn (2004) acrescentou a importância da lipoaspiração radical antes da ressecção por avulsão para minimizar complicações linfáticas e reduzir edema e seroma.[8]
Diversas técnicas de ressecção do tecido adiposo subcutâneo da coxa descritas até agora envolvem técnicas de cicatriz em forma de J e T. Na verdade, a ressecção longitudinal está cada vez mais sendo usada para obter tração da pele em ambas as direções longitudinal e transversal.[9] [10] [11] No entanto, ainda produzem cicatrizes transversais anteriores na raiz da coxa e virilha, ([Fig. 1]) que podem ser evidentes e estigmatizantes, principalmente na vida íntima. Assim, apesar dos avanços alcançados com as técnicas atuais de coxoplastia, dois pontos permanecem sem solução: cicatriz anterior aparente na raiz da coxa e virilha, e deiscência de sutura frequente nos ângulos das cicatrizes.[12]
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Objetivo
O presente estudo tem como objetivo descrever uma nova técnica de coxoplastia com ressecção de pele em forma de S colocada na região póstero-medial da coxa com o objetivo de tentar melhorar ainda mais os resultados estéticos da coxoplastia, por não produzir cicatriz anterior na virilha e não produzir cicatriz com ângulos, com intuito de reduz a deiscência cicatricial.
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Paciente e métodos
Critério de inclusão: pacientes maiores de 18 anos, submetidas a coxoplastia pós-bariátrica com perda ponderal maior ou igual a 30 kg e IMC abaixo de 30. As pacientes não apresentavam comorbidades nem fatores de risco. Elas leram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) autorizando a cirurgia e a publicação dos dados para fins científicos.
Foi realizado a prevenção de trombose venosa profunda com Enoxiparina 40mg por 5 dias.
A coxoplastia com ressecções cutâneas em S foi realizada em pacientes do sexo feminino, uma de 44 anos, 77,5 kg, IMC 29,17, com perda ponderal de 30 kg. A outra de 39 anos, 70,60 kg, IMC 26,57, com perda ponderal de 30 kg, previamente submetidas à cirurgia bariátrica.
Utilizando um teste de pinça de manobra bi-digital, com invaginação dos tecidos, uma marcação S médio-posterior foi realizada na coxa com as pacientes em posição ortostática e conferidas em decúbito ventral. Essa marcação em S, a ser ressecada, foi definida com a parte transversal superior do S posicionada no sulco subglúteo, enquanto as incisões longitudinais e transversais da ressecção cutânea em S foram distribuídas por toda a coxa. ([Fig. 2]).
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A cirurgia foi realizada com as pacientes em decúbito ventral.
Após a anestesia peridural, foi realizada lipoaspiração superficial e profunda das coxas com vibrolipoaspirador, de forma radical nas áreas que serão ressecadas.
As ressecções de pele foram realizadas por avulsão sem descolamento para preservação da circulação linfática. Com a ressecção por avulsão, a incidência de seroma, linfedema e hematoma tende a ser reduzida, pois preserva a circulação local.[11] [12] ([Fig. 3]).
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Resultados
As cirurgias das duas pacientes demoraram 4 horas cada uma delas. As pacientes tiveram alta hospitalar no mesmo dia, deambulando normalmente. Os pontos foram retirados após duas semanas e elas foram acompanhadas no pós-operatório por seis meses. Elas seguiram os cuidados de não agachar por duas semanas e voltar às atividades físicas após um mês.
A técnica cirúrgica de coxoplastia posterior medial em S produziu considerável redução do excesso de pele, melhorando o contorno das coxas das pacientes. A ressecção médio-posterior em S evoluiu sem complicações incluindo deiscência de sutura. Além disso, a cicatriz resultante foi posicionada no sulco subglúteo, na região posterior do corpo e na região medial da coxa, formando uma cicatriz em forma de S médio-posterior, deixando a região anterior e a virilha sem cicatrizes. O melhor ocultamento da cicatriz e ausência de cicatriz anterior são a grande conquista dessa nova técnica, que pode favorecer uma potencial melhora na satisfação pessoal das pacientes e aumento do número de tratamento por uma provável maior aceitação das pacientes. ([Figs. 4] e [5]).
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Discussão
Apesar dos avanços na coxoplastia, as cicatrizes anteriores visíveis e o alto índice de deiscência da ferida permanecem sem solução.[12] A nova coxoplastia usando a ressecção de pele em forma de S aqui descrita remove grandes extensões de pele em excesso nos sentidos longitudinal e transversal, sem cicatrizes anteriores na virilha. Nos dois casos descritos pelos autores, não houve deiscência da ferida, provavelmente por fazer os ângulos em S, evitando retalhos com ângulos agudos mais propensos a isquemia e deiscência de sutura nesses ângulos.
Contraturas de cicatrização inelástica ocorrem frequentemente no componente longitudinal das cicatrizes "L" e "T" usadas em outras coxoplastias, muitas vezes levando a fibrose em uma dimensão linear e cicatrizes perceptíveis que podem restringir o movimento local (contratura). Ademais, são mais propensas a isquemia, maior carga de tensão, deiscência de sutura e necrose da pele. Essas consequências indesejáveis são menos prováveis de ocorrer quando uma ressecção de pele em forma de S é usada, pois ela não cria ângulos retos ou agudos. Além disso, a ressecção da pele com uma incisão em “S” na superfície cilíndrica da coxa remove simultaneamente os excessos de pele longitudinal e transversal ao longo da coxa em múltiplos vetores,[13] sem a necessidade de um vetor específico separado em linha reta, passo muitas vezes necessário para o “T” e incisões em "L". ([Fig. 6]).
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A técnica proposta resolve o desconforto e as deficiências estéticas causadas pelas cicatrizes oriundas das coxoplastias convencionais. Como as cicatrizes decorrentes da nova técnica são posteriores e posicionadas nos sulcos sub-glúteos, ficam perfeitamente ocultas mesmo quando as coxas são abduzidas. Além disso, a técnica apresenta aparente menor risco de deiscência e retração da pele, pois as cicatrizes em “S” não apresentam ângulos. Ademais, a técnica tem o mesmo, ou até maior, potencial para remoção de grandes quantidades de pele transversal e longitudinalmente. Por fim, permite uma melhor distribuição da tração da raiz da coxa até os joelhos. ([Figs. 7] e ).
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Conclusão
A técnica de coxoplastia aqui apresentada descreve um procedimento inovador e inédito com ressecção em S, sem angulações nas suturas e melhor distribuição da tensão cicatricial. Isso resulta em melhor ocultação das cicatrizes, que são colocadas no sulco subglúteo e medial da coxa. Além disso, a nova técnica tem o potencial de reduzir a chance de deiscência da ferida e permite a ressecção de pele extensa nas direções transversal e longitudinal, em múltiplos vetores.[13]
Esse relato de casos é o passo inicial para que nossos estudos possam comprovar cientificamente as virtudes apontadas por essa nova abordagem cirúrgica.
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Contribuição dos Autores
AMD: Analysis and/or data interpretation, Conception and design study, Conceptualization, Data Curation, Final manuscript approval, Formal Analysis, Funding Acquisition, Investigation, Methodology, Project Administration, Realization of operations and/or trials, Resources, Software, Validation, Visualization, Writing - Original Draft Preparation, Writing - Review & Editing; GMS: Supervision.
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Referências
- 1 Bertheuil N, Thienot S, Chaput B, Varin A, Watier E. Quality-of-Life assessment after medial thighplasty in patients following massive weight loss. Plast Reconstr Surg 2015; 135 (01) 67e-73e
- 2 Lewis Jr JR. The thigh lift. J Int Coll Surg 1957; 27 (03) 330-334
- 3 Lockwood TE. Fascial anchoring technique in medial thigh lifts. Plast Reconstr Surg 1988; 82 (02) 299-304
- 4 Lockwood TE. Superficial fascial system (SFS) of the trunk and extremities: a new concept. Plast Reconstr Surg 1991; 87 (06) 1009-1018
- 5 Lockwood TE. Transverse flank-thigh-buttock lift with superficial fascial suspension. Plast Reconstr Surg 1991; 87 (06) 1019-1027
- 6 Fowler ME, Lockwood TE. Medial Thigh Lift Coupled with Liposuction Produces Results Patients Desire. Plast Surg Nurs 1988; 8 (04) 146-149
- 7 Xie SM, Small K, Stark R, Constantine RS, Farkas JP, Kenkel JM. Personal Evolution in Thighplasty Techniques for Patients Following Massive Weight Loss. Aesthet Surg J 2017; 37 (10) 1124-1135
- 8 Le Louarn C, Pascal JF. The concentric medial thigh lift. Aesthetic Plast Surg 2004; 28 (01) 20-23
- 9 Armijo BS, Campbell CF, Rohrich RJ. Four-step medial thighplasty: refined and reproducible. Plast Reconstr Surg 2014; 134 (05) 717e-725e
- 10 Labardi L, Gentile P, Gigliotti S. et al. Medial thighplasty: horizontal and vertical procedures after massive weight loss. J Cutan Aesthet Surg 2012; 5 (01) 20-25
- 11 Hurwitz DJ. Medial thighplasty. Aesthet Surg J 2005; 25 (02) 180-191
- 12 Gusenoff JA, Coon D, Nayar H, Kling RE, Rubin JP. Medial thigh lift in the massive weight loss population: outcomes and complications. Plast Reconstr Surg 2015; 135 (01) 98-106
- 13 Fantozzi F. Brachial lifting using the balanced triple-vector (BTV) technique with dual opposing flaps. Eur J Plast Surg 2014; 37 (02) 95-102
Endereço para correspondência
Publikationsverlauf
Eingereicht: 14. Mai 2024
Angenommen: 29. September 2024
Artikel online veröffentlicht:
30. Januar 2025
© 2025. The Author(s). This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution 4.0 International License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/)
Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil
Alexandre Melo dos Santos, Gustavo Moreira Souza. Coxoplastia médio-posterior em S: uma nova técnica com melhor ocultação da cicatriz. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic Surgery 2024; 39: s00451801846.
DOI: 10.1055/s-0045-1801846
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Referências
- 1 Bertheuil N, Thienot S, Chaput B, Varin A, Watier E. Quality-of-Life assessment after medial thighplasty in patients following massive weight loss. Plast Reconstr Surg 2015; 135 (01) 67e-73e
- 2 Lewis Jr JR. The thigh lift. J Int Coll Surg 1957; 27 (03) 330-334
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- 13 Fantozzi F. Brachial lifting using the balanced triple-vector (BTV) technique with dual opposing flaps. Eur J Plast Surg 2014; 37 (02) 95-102
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