CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2019; 54(06): 649-656
DOI: 10.1055/s-0039-1697020
Artigo Original
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Published by Thieme Revnter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Resultados funcionais e radiológicos do tratamento cirúrgico da luxação acromioclavicular aguda com âncoras e fixação clavículo-escapular[*]

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1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brasil
,
José da Mota Neto
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brasil
,
Darlan Malba Dias
2   Serviço de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Santa Luzia, Brasília, DF, Brasil
,
Leandro Furtado de Simoni
3   Hospital Maternidade Therezinha de Jesus, Juiz de Fora, MG, Brasil
,
Elmano de Araújo Loures
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brasil
,
Pedro José Labronici
4   Departamento de Cirurgia, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil
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Publikationsverlauf

15. April 2018

04. Juni 2018

Publikationsdatum:
23. September 2019 (online)

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Resumo

Objetivo Avaliar os resultados clínicos, radiológicos, e funcionais do tratamento cirúrgico da luxação acromioclavicular aguda, utilizando a técnica de sindesmopexia coracoclavicular com duas âncoras metálicas, fixação temporária clavículo-escapular, e transferência do ligamento coracoacromial.

Métodos Estudo observacional longitudinal com trinta pacientes com diagnóstico de luxação acromioclavicular aguda submetidos à cirurgia, com seguimento mínimo de seis meses, avaliados clínica, radiograficamente, e pelos escores de University of California at Los Angeles (UCLA), Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH) e Constant-Murley.

Resultados Os valores médios dos escores foram: UCLA = 32; DASH = 11,21; e Constant-Murley = 86,93, com resultados satisfatórios acima de 80%. Os resultados insatisfatórios foram relacionados à dor acromioclavicular, a testes de impacto subacromial positivos, e aos pacientes de faixa etária mais elevada (p < 0,05). Radiologicamente, valores maiores em razão da distância coracoclavicular do ombro operado, comparado com o ombro normal, foram relacionados a piores resultados, embora sem significância estatística. Não foi observada associação entre os resultados dos escores funcionais e as variáveis grau da lesão, transferência do ligamento coracoacromial, impressão clínica de perda de redução, e discinesia escapulo-torácica.

Conclusão A técnica utilizada propicia uma fixação eficiente, com alto índice de satisfação segundo os escores de UCLA, Constant-Murley e DASH. Observou-se baixo índice de complicações apesar da frequência elevada de subluxação acromioclavicular radiológica residual.

* Trabalho realizado no Hospital Universitário, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brasil