Resumo
Objetivo Identificar o perfil de adesão à profilaxia medicamentosa de tromboembolismo em pacientes
submetidos a cirurgias ortopédicas de artroplastia de joelho ou de quadril em hospital
público.
Métodos Estudo de coorte prospectivo, realizado no período de agosto de 2017 a setembro de
2018, com pacientes adultos que foram acompanhados desde a internação até o pós-operatório.
Para medir a adesão, aplicou-se a Escala de Adesão Terapêutica de Morisky de oito
itens. A quantificação do grau de adesão foi determinada segundo o resultado da soma
de todas as respostas corretas: alta adesão (8 pontos), média adesão (6 a < 8 pontos),
e baixa adesão (< 6 pontos). No presente estudo, foram divididos em altamente aderentes
aqueles que tiveram alta adesão e parcialmente aderentes os pacientes que tiveram
média ou baixa adesão.
Resultados A análise da adesão mostrou que 73,0% dos pacientes foram altamente aderentes, enquanto
27,0% foram parcialmente aderentes à tromboprofilaxia. O anticoagulante prescrito
na alta hospitalar foi o rivaroxabana, inibidor direto do fator Xa. Obtiveram maior
adesão os pacientes que não necessitaram de reforço na orientação sobre a profilaxia
durante o acompanhamento e, por conseguinte, relataram boa e ótima aceitação à profilaxia,
embora estivessem polimedicados durante a alta hospitalar.
Conclusão A análise dos dados obtidos permitiu concluir que os fatores que mais influenciaram
na adesão foram os níveis de compreensão e aceitação dos pacientes quanto à profilaxia,
a quantidade de medicamentos usada por dia pelo paciente, o custo do anticoagulante
e o seu potencial em desenvolver reações adversas.
Palavras-chave
aderência ao tratamento - anticoagulantes - artroplastia - profilaxia - tromboembolismo