Palavras-chave
artigo de revista - fator de impacto de revistas - revisão da pesquisa por pares - base de dados
Introdução
Pesquisar, escrever e divulgar os achados de uma investigação científica são meios importantes de comunicação no meio acadêmico.[1] De modo geral, o papel da publicação tem função tanto acadêmica, de informar e comunicar os resultados da pesquisa, quanto profissional, democraticamente fornecendo uma área estruturada para o debate dos achados do estudo.[1]
[2] Nesse contexto, a principal função das revistas médicas é transmitir informações que melhorem a assistência à saúde, publicando artigos científicos que enfoquem assuntos de grande relevância na prática de saúde.[3] No entanto, apesar do crescente número de publicações científicas, permitindo alcançar um público mais amplo de leitores, os autores enfrentam um desafio sem precedentes ao selecionar qual o periódico ideal para publicar sua pesquisa.[3]
[4]
[5]
Nessa difícil tomada de decisão, o fator de impacto (FI) da revista tem sido um dos fatores mais amplamente utilizados para avaliar sua qualidade, importância e penetração no meio acadêmico.[6]
[7] O FI é calculado dividindo o número de citações de um periódico no Journal Citation Reports (JCR) em um ano pelo número total de artigos publicados na mesma disciplina no periódico avaliado nos dois anos anteriores.[8] Alguns autores têm sugerido a escolha de periódicos científicos de propriedade de uma associação de profissionais de saúde ou de publicações que permitam acesso livre ao leitor, potencialmente aumentando a visibilidade do estudo.[9]
[10]
No Brasil, a Revista Brasileira de Ortopedia (Rev Bras Ortop) é o órgão de publicação científica da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).[11] A revista não recebe dinheiro de financiamento de agências de fomento, sendo totalmente suportada pela SBOT, sem que haja a cobrança de taxa para submissão e publicação de seus artigos. Desde 2009 é indexada nos bancos de dados PubMed, PubMed Central, Scopus, SciELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e LILACS (Literatura Latino-americana em Ciências da Saúde), garantindo boa visibilidade no cenário ortopédico mundial. Apesar disso, Lech, em editorial publicado na própria revista em 1994, chamou a atenção para o fato de que os autores nacionais não citam os autores nacionais, demonstrado pela baixa taxa de autocitação dentro da revista.[12] Dentre as causas apontadas, destacam-se a necessidade de usar referências internacionais para “conferir veracidade” ao estudo e os fenômenos do “terceiro-mundismo” e da “concorrência implícita” entre os autores.
Curiosamente, apesar de ter aumentado sua exposição em bancos de dados de excelência em pesquisa médica, desde 1994 pouco mudou neste cenário pobre de citações da própria revista.[13] Mas será que os autores brasileiros de fato citam menos a revista de sua associação profissional do que os autores estrangeiros a de suas sociedades ou associações médicas? Nossa hipótese é que pouco mudou desde 1994, mantendo-se baixo o número de autocitações da revista. O objetivo deste estudo é observar o perfil de autocitações da Rev Bras Ortop e de citações deste periódico em outras revistas médicas de ortopedia.
Material e Métodos
Trata-se de estudo observacional transversal da frequência de autocitações e citações da Rev Bras Ortop em outros periódicos médicos de ortopedia. Além da Rev Bras Ortop, foram escolhidas outras quatro revistas de abrangência geral dentro da especialidade (The Journal of Bone & Joint Surg American [J Bone Joint Surg Am], Bone & Joint Journal [Bone Joint J], Acta Orthopaedica et Traumatologica Turcica [Acta Orthop Traumatol Turc] e Der Unfallchirurgie [Unfallchirurg]) e uma revista específica de uma área de conhecimento (Journal of Shoulder & Elbow Surgery [J Shoulder Elbow Surg]).
O J Bone Joint Surg Am é uma revista médica quinzenal revisada por pares e publicada pela The Journal of Bone and Joint Surgery, Inc. (Massachusetts, EUA). Está indexada no PubMed, Scopus, CrossRef, Portico e Web of Science, com FI 2019 de 4,57.[14] O Bone Joint J, anteriormente conhecido como The Journal of Bone & Joint Surgery British, é uma revista médica mensal revisada por pares e publicada pela The British Editorial Society of Bone & Joint Surgery (Londres, Reino Unido). Está indexada no PubMed, com FI 2019 de 4,30.[15] A Acta Orthop Traumatol Turc é o jornal oficial da Associação Turca de Ortopedia e Traumatologia (Türk Ortopedi ve Travmatoloji Derneği – TOTDER) e da Sociedade Turca de Ortopedia e Traumatologia (Türk Ortopedi ve Travmatoloji Birliği Derneği – TOTBID). É um periódico científico de acesso aberto, revisado por pares, publicado bimestralmente em língua inglesa. Está indexada no Science Citation Index Expanded, PubMed, PubMed Central, Scopus, DOAJ, Index Copernicus e TUBITAK ULAKBIM TR Index, com FI 2019 de 1,21.[16] A Unfallchirurg é a revista médica oficial da Sociedade Alemã de Cirurgia de Trauma (Deutschen Gesellschaft für Unfallchirurgie), de periodicidade mensal, oferecendo alguns artigos de acesso aberto e outros somente por assinatura. Os artigos são revisados por pares e publicados originalmente em língua alemã, com resumo em língua inglesa. Está indexada no Science Citation Index (SCI) Expanded, PubMed, EMBASE e Scopus, com FI 2019 de 0,67.[17] O J Shoulder Elbow Surg é a publicação oficial de diversas sociedades médicas de especialidade, incluindo a Sociedad Latinoamericana de Hombro y Codo. Sua periodicidade é mensal e seus artigos são revisados por pares. Oferece artigos de acesso aberto e outros somente por assinatura. Está indexada no PubMed, EMBASE e Scopus, com FI 2019 de 2,81.[18] A [Tabela 1] traz as informações das revistas selecionadas.
Tabela 1
Revista Principal
|
Quem publica
|
Periodicidade
|
Indexação
|
FI 2019
|
Rev Bras Ortop
|
SBOT
|
Mensal
|
PubMed, PubMed Central, Scopus, SciELO e LILACS
|
0,69
|
J Bone Joint Surg Am
|
The Journal of Bone and Joint Surgery, Inc.
|
Quinzenal
|
PubMed, Scopus, CrossRef, Portico e Web of Science
|
4,57
|
Bone Joint J
|
The British Editorial Society of Bone & Joint Surgery
|
Mensal
|
PubMed
|
4,30
|
Acta Orthop Traumatol Turc
|
TOTDER / TOTBID
|
Bimestral
|
Science Citation Index Expanded, PubMed, PubMed Central, Scopus, DOAJ, Index Copernicus e TUBITAK ULAKBIM TR Index
|
1,21
|
Unfallchirurg
|
Deutschen Gesellschaft für Unfallchirurgie
|
Mensal
|
Science Citation Index Expanded, PubMed, EMBASE e Scopus
|
0,67
|
J Shoulder Elbow Surg
|
diversas sociedades médicas de especialidade[#]
|
Mensal
|
PubMed, EMBASE e Scopus
|
2,81
|
Foram selecionados os 15 últimos artigos publicados em 2020 em cada uma das seis revistas. Todas as referências foram avaliadas para identificação do periódico em que foram publicadas originalmente. A distribuição de frequência pontual dos quatro principais periódicos citados, sua posição e o percentual relativo ao total de citações foram observados em cada uma das revistas. O número de vezes em que a Rev Bras Ortop foi citada em cada um dos periódicos selecionados foi avaliado por meio de suas frequências absoluta e relativa.
Resultados
O total de citações neste estudo foi de 2527, variando de 386 (Rev Bras Ortop) a 486 (J Shoulder Elbow Surg) por revista. Três revistas apresentaram alta frequência e três revistas apresentaram baixa frequência de citações de si próprias. Observou-se que o J Shoulder Elbow Surg, o Bone Joint J e o J Bone Joint Surg Am apresentam referência de si próprias em primeiro lugar, com 22,2%, 13,7% e 11,9% das citações, respectivamente, em relação ao total pesquisado da revista. A Rev Bras Ortop, a Acta Orthop Traumatol Turc e a Unfallchirurg apresentaram baixa referência de si próprias, com 2,6%, 1,0% e 2,2% das citações, respectivamente, em relação ao total pesquisado da revista. A Acta Orthop Traumatol Turc citou a si própria quatro vezes em um total de 391 referências e a Unfallchirurg 10 vezes de um total de 456 referências. A Rev Bras Ortop aparece citada na própria revista na sexta posição (10 de um total de 386 referências usadas no período do estudo), entretanto não foi citada em nenhum dos outros cinco periódicos médicos incluídos no estudo (frequência absoluta 0, frequência relativa 0).
A [Tabela 2] traz as seis revistas de ortopedia analisadas no estudo, com suas quatro principais citações, além do número de vezes que a Rev Bras Ortop foi citada em cada um dos periódicos.
Tabela 2
Revista Principal
|
Citações principais
|
Posição
|
Frequência absoluta
|
Frequência relativa ao total de citações (%)
|
Rev Bras Ortop
|
Total de citações pesquisadas: 386
|
Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc
Am J Sports Med
J Bone Joint Surg Am
Spine
Rev Bras Ortop – a própria
TOTAL PARCIAL
|
1ª
2ª
3ª
4ª
6ª
|
90
29
28
20
10
177
|
23,3
7,5
7,3
5,2
2,6
45,9
|
J Bone Joint Surg Am
|
Total de citações pesquisadas: 420
|
J Bone Joint Surg Am – a própria
Clin Orthop Rel Res
Am J Sports Med
J Arthroplasty
Rev Bras Ortop
TOTAL PARCIAL
|
1ª
2ª
3ª
4ª
N/C
|
50
28
22
17
0
117
|
11,9
6,7
5,2,
4,0
0
27,9
|
Bone Joint J
|
Total de citações pesquisadas: 388
|
Bone Joint J – a própria
J Bone Joint Surg Am
Spine
Clin Orthop Rel Res
Rev Bras Ortop
TOTAL PARCIAL
|
1ª
2ª
3ª
4ª
N/C
|
53
44
34
16
0
147
|
13,7
11,3
8,8
4,1
0
37,9
|
Acta Orthop Traumatol Turc
|
Total de citações pesquisadas: 391
|
J Bone Joint Surg Am
Clin Orthop Rel Res
J Hand Surg Am
J Shoulder Elbow Surg
Acta Orthop Traumatol Turc – a própria
Rev Bras Ortop
TOTAL PARCIAL
|
1ª
2ª
3ª
4ª
19ª
N/C
|
24
23
17
15
4
0
83
|
6,1
5,9
4,3
3,8
1,0
0
21,2
|
Unfallchirurg
|
Total de citações pesquisadas: 456
|
Am J Sports Med
J Bone Joint Surg Am
J Shoulder Elbow Surg
Bone Joint J
Unfallchirurg – a própria
Rev Bras Ortop
TOTAL PARCIAL
|
1ª
2ª
2ª
4ª
6ª
N/C
|
33
27
27
15
10
0
112
|
7,2
5,9
5,9
3,3
2,2
0
24,6
|
J Shoulder Elbow Surg
|
Total de citações pesquisadas: 486
|
J Shoulder Elbow Surg – a própria
J Bone Joint Surg Am
Arthroscopy
Am J Sports Med
Rev Bras Ortop
TOTAL PARCIAL
|
1ª
2ª
2ª
4ª
N/C
|
108
49
19
18
0
194
|
22,2
10,1
3,9
3,70
39,9
|
Discussão
Observou-se que, de uma forma geral, existe baixa frequência de citações da Rev Bras Ortop tanto na própria revista quanto nos demais periódicos pesquisados neste estudo. Na avaliação dos 15 últimos artigos publicados na Rev Bras Ortop em 2020, somente 10 foram da própria revista, ao passo que nos outros cinco periódicos incluídos no estudo a revista não foi citada nenhuma vez. A magnitude do problema é enorme, haja vista ser o principal veículo de divulgação de evidências científicas dos ortopedistas brasileiros. Embora não tenha sido nosso objetivo avaliar as razões que levam o ortopedista brasileiro a citar tão pouco sua própria revista, nossos achados sugerem a necessidade de elaboração e execução de estratégias de incentivo à citação de sua revista científica.
Existem duas formas de lidar com esta triste realidade. Uma delas é, de modo simplista, buscar um “culpado,” seja este o fenômeno “terceiro-mundista,” a busca por um “bom” periódico estrangeiro ou o próprio ortopedista brasileiro cioso de “sua” descoberta. No entanto, deve-se ter em mente que não existe uma lista confiável de periódicos bons e ruins, e que o compartilhamento de evidências por meio de publicações científicas contribui muito ao minimizar a importância das fronteiras e ao contribuir para a utilização de evidências no âmbito da saúde global.[1]
[5] Além disso, não há conhecimento “local” ou “muito específico” que não interesse a qualquer revista médica que busque qualidade e transparência.[19]
A outra maneira de lidar com o problema da baixa autocitação da Rev Bras Ortop é melhorar sua reputação, o que inclui a indexação em mais bases de dados bibliográficos, a percepção de “prestígio” do periódico e o aumento do seu FI, amplamente utilizado na seleção de qual periódico enviar o estudo científico.[2]
[3]
[20]
[21] Interessante notar que dos três periódicos com maior número de autocitações, o menor FI 2019 é 2,81,[18] enquanto o maior FI 2019 das revistas com menor número de autocitações é 1,21.[16] Atualmente o FI 2019 da Rev Bras Ortop é 0,69.[11] Curiosamente, dos três periódicos de menor autocitação, todos são de órgãos oficias de suas sociedades de especialidade médica. Apesar do aumento potencial da visibilidade do estudo entre um número maior de profissionais da área quando este é publicado no periódico de sua própria associação médica profissional,[9]
[10] Morley e Urquhart[2] observaram que esse vínculo foi apontado como de baixa importância entre profissionais de um hospital universitário do National Health System do Reino Unido.
Embora o FI seja importante critério de escolha de qual periódico submeter um estudo científico, diversos autores têm apontado limitações em seu uso, especialmente por manipulação e aplicação incorretas de autocitações.[7]
[8]
[22] Ademais, sua utilidade não se estende a artigos individuais, sugerindo que não há objetivamente nenhuma correlação entre a frequência de citação de um artigo individual e o FI de determinada publicação.[19]
[22]
[23] Finalmente, é importante notar que o FI não reflete a qualidade e a transparência no processo da revisão por pares à qual um periódico sujeita seus artigos.[3]
[5]
[24] No estudo de Morley e Urquhart,[2] a revisão por pares foi considerado um fator muito importante na escolha do periódico para publicação. Periódicos respeitáveis devem divulgar totalmente seu processo de revisão por pares no conteúdo impresso ou em sua página oficial da Internet, e seus revisores devem entender a importância de seu trabalho na legitimação da publicação.[5]
[24]
[25]
[26] A falta de revisão por pares leva a práticas antiéticas, como plágio, publicação de dados falsificados não científicos e práticas clínicas inseguras.[25] Em 2018, mais de 42.000 periódicos acadêmicos revisados por pares ativos foram publicados, com um crescimento acelerado de mais de 5% nos últimos anos.[27]
A influência dos estudos da América Latina na literatura ortopédica tem sido limitada, com pequeno número de publicações realizadas na região.[28]
[29] Em 2014, os países latino-americanos produziram apenas 1% de todos os artigos ortopédicos publicados.[29] Dos 50 artigos mais citados, 20 eram de autores brasileiros, mas nenhum periódico nacional foi usado como referência. Nesse contexto, o que é necessário para que os ortopedistas brasileiros reconheçam a importância da Rev Bras Ortop e a escolham para publicar seus estudos? Mais ainda, como motivar a citação aos autores nacionais que publicam na revista? Compreender as características que tornam os artigos citados por outros cientistas pode ajudar pesquisadores, instituições e governos a promover pesquisas de qualidade que poderiam se tornar mais influentes para a comunidade científica ortopédica internacional.[29]
Este desafio parece não ser de exclusividade da Rev Bras Ortop. Em nosso estudo, observamos que dos quatro periódicos publicados por suas associações profissionais de especialidade, somente o Bone Joint J autocitou-se em primeiro lugar. Certamente esse achado reflete a diversidade de assuntos cobertos pelo Bone Joint J, mas também suas reputação e credibilidade construídas ao longo de anos. Chomsky-Higgins et al.[28] ressaltaram a necessidade de políticas fortes de incentivo à produção científica, como apoio a projetos multicêntricos e estudos clínicos que beneficiem a população local, estímulo a residentes e jovens ortopedistas a produzir pesquisas de qualidade e melhoria da infraestrutura hospitalar. Desse modo, como entidade profissional e educativa maior da ortopedia brasileira, a SBOT precisa fomentar o treinamento e obter o financiamento necessário para desenvolver dados nacionais que possam ser publicados em sua própria revista, aumentando a visibilidade das pesquisas e dos pesquisadores brasileiros no cenário mundial. Em paralelo, existe a necessidade desta e de outras associações médicas profissionais agirem junto a instituições governamentais, como a CAPES, de modo a diminuir a pressão burocrática, caracterizada pela elevação arbitrária dos níveis de corte para fins de financiamento, que leva autores nacionais a tentarem publicar seus manuscritos em revistas com maior FI em seu campo de pesquisa, ao invés de buscar um periódico brasileiro, como a Rev Bras Ortop.[30]
Dentre as limitações do estudo, destacam-se principalmente o curto período de coleta dos dados (últimos 15 artigos publicados em 2020) e a falta de investigação das razões que levam o ortopedista brasileiro a citar tão pouco sua própria revista. Por tratar-se de estudo observacional transversal, examinamos a taxa de autocitação em um determinado momento, avaliando a força da relação entre o fator exposição e variáveis bibliométricas levadas em consideração em periódicos científicos, tais como FI, revisão por pares e principal fonte editorial. Sabidamente estudos transversais não possuem uma dimensão temporal inerente, pois verificam a prevalência do fator exposição em tempo presente.[31] Assim, observamos que a Rev Bras Ortop mostrou baixa taxa de autocitação, sugerindo a necessidade da implantação de estratégias pontuais para reversão do cenário atual. Entender as razões da baixa taxa de autocitação é fundamental, mas o fato de não ter sido este o foco do presente estudo, não inviabiliza a tomada de ações que melhorem a visibilidade da principal publicação científica da SBOT.
Conclusão
Observou-se que a Revista Brasileira de Ortopedia apresenta baixa taxa de autocitação, mostrando que o ortopedista brasileiro não cita o ortopedista brasileiro que publica na revista. Sugerimos a elaboração e a implementação de estratégias fortes de melhora da visibilidade do periódico no cenário acadêmico-científico mundial. É fundamental que os ortopedistas brasileiros entendam esta realidade e auxiliem direta e efetivamente em sua mudança.